Até há pouco tempo atrás, acreditava-se que a partir dos 40 os neurónios começavam a morrer irremediavelmente. Esse era um panorama pouco agradável de ser ver – um cérebro quase vazio, rígido e incapaz de aprender.
Felizmente, hoje sabemos que não morrem, apesar de o volume e as conexões entre elas diminuírem.
São as células mais duras e resistentes do organismo. Novos neurónios nascem toda a vida, sobretudo na área do cérebro dedicada a aprendizagem e memória. Mas para isso, é preciso estimulá-las.
O cérebro é o órgão mais complexo do corpo. Pesa quase 1,5 kg e contém mais de 100 mil milhões de neurónios distribuídos em redes complexas.
Considera-se que a idade madura chega aos 30 anos e a partir daí, começa a envelhecer.
Para atrasar esse envelhecimento, podemos seguir os 12 conselhos do neurocientífico espanhol, Francisco Mora, que nos ajudam a adiar a chegada de doenças como o Alzheimer, Parkinson ou a demência senil.
CONSELHOS PARA UM CÉREBRO SÃO
1 – Comer menos
Comer mais do que necessitamos aumenta o stress oxidativo do organismo, que agride às proteínas, ao lípidos, ao ADN e ao cérebro.
Menos comida potencia a produção de novas neurónios no hipocampo, a região encarregada da aprendizagem e da memoria. Aumenta as sinapses e favorece o mecanismo de reparação neuronal.
2 – DESPORTO DE FORMA REGULAR
Mens sana in corpore sano
Ao praticar desporto aeróbico de forma regular e continuada, segregamos uma substância que repercute numa maior plasticidade do cérebro, potencia-se a sinapse entre neurónios – a chave da aprendizagem e da memória.
3 – FAZER EXERCICIO MENTAL TODOS OS DIAS
Reformar-se não implica ficar sentado no sofá a ver TV, fazer palavras cruzada ou ler.
Devemos estimular a mente com desafios. Por exemplo, aprender um idioma novo. É uma tarefa fascinante que requer esforço mas que produz muito prazer, é útil e provoca a admiração dos demais.
4 – VIAJAR MUITO
Viajar requer em essência, aprender e memorizar. Adquirir perceções e memórias novas. A rotina é nefasta para o cérebro. Ademais, viajar gera imensas emoções que é o que realmente move os nossos neurónios.
5 – VIVER ACOMPANHADO
Uma boa saúde mental passa por ter boas e constantes relações com os demais.
A transferência emocional tem muitas vantagens sociais. Quem vive acompanhado e tem amigos adapta-se melhor às mudanças.
6 – ADAPTAR-SE ÀS MUDANÇAS
Adaptar-se quer dizer também assumir os tempos que correm. Se no isolamos e dizemos: “já estou muito velho(a) para isto”, a única coisa que conseguimos é expressarmo-nos emocionalmente.
7 – EVITAR O STRESS CRÓNICO
O STRESS crónico tem muitas consequências prejudiciais sobre o organismo e o cérebro. Libera de forma constante hormônios glucocorticoides que afetam diretamente ao cérebro. A melhor forma de contrariar isso é praticar desporto.
8 – NÃO FUMAR
Este hábito pode produzir pequenos enfartes cerebrais (AVC) e declinar as funções mentais. A nicotina produz uma redução da memória, o atrofiamento e a morte dos neurónios.
Ademais, aumenta o stress oxidativo no cérebro.
9- DORMIR BEM
Precisamos de entre 7 a 8 horas de sono reparador cada noite para que o nosso cérebro possa apagar aquela informação desnecessária e reforçar os conhecimentos aprendidos. Também serve para reparar tecidos danificados.
10 – EVITAR O APAGÃO EMOCIONAL
A motivação, a ilusão, a emoção é o que nos “empurra” para ter vontade de viver. Esse é o motor que levamos dentro e que nos move a querer continuar vivos.
11 – GRATIDÃO
Agradecer é um dos gestos humanos mais belos que une quem agradece e a quem recebe o agradecimento. A velhice é um tempo são de agradecer, dar, criar novos laços e de deixar atrás “pesos” antigos que eram causas de tensões, angústias e pesadelos.
12 – AS PEQUENAS COISAS
Ser idoso(a) e ter mente clara e sã é um privilégio. Desfrutemos das pequenas coisas, sem criar necessidade para que tenhamos de lutar para consegui-las!